"Participo desde a primeira festa, há 27 anos. Sempre foi muito cheio, muitas famílias. Não conseguíamos dar conta de tanta gente. Eu faço 1.000 kg de massa todo ano. A especialidade da barraca é o marubim, um capeletti só que de frango, é muito tradicional aqui, servido todo natal; o conchiglione 4 queijos e o capeletti de carne. Às vezes os clientes escolhem a barraca pela decoração, por ser bonita, mas no fim agradecem pela comida boa e o bom atendimento. Eu amo o que eu faço. O sangue italiano corre na veia. É gratificante, pelo público, pelos clientes que a gente consegue. Tenho cliente de mais de 20 anos, que vêm lá de São Paulo. Não é um serviço, é uma diversão e eu quero estar nela até quando Deus permitir."  

Maria Izabel Valério

“Fui um dos fundadores da Unitau. Lembro de quando o governador Paulo Egydio veio até aqui para assinar o papel e tornar a Unitau uma universidade. Foi uma honra, né? O certo seria nós irmos até São Paulo, não ele vir aqui. Dei aula 40 e tantos anos na faculdade de Educação Física, hoje estou aposentado. Sinto falta de dar aula. Eu nasci aqui. Dizem que quem bebe a água de Taubaté, lá da bica do Bugre, não sai mais daqui.”

Professor Nilo Bueno Patrício

"Eu moro aqui no Alto do São Pedro há 63 anos, no mesmo lugar. Taubaté era muito bonita aqui de cima, não tinha muitos prédios. Eu comecei a tocar violão com seis anos de idade, em São Luiz do Paraitinga. Aprendi com meu pai. Naquela época não existia tevê, então juntava todo mundo nas casas para tocar e cantar. Era um grande arrasta-pé. Eu tocava com o Elpídio, aprendi com ele a tirar a beleza da simplicidade. Música é isso. Ela pode ser complicada para quem gosta de complicar. Com três anos de casado ganhei uma bolsa na Fêgo Camargo. Estudei lá por sete anos, comecei com violão e depois toquei flauta doce. Eu sempre sonhei em dar aula na Fêgo, sonhava mesmo. Aí um dia fui chamado. Quanta honra eu tenho de dar aula, é gratificante. Eu tenho muita alegria com a profissão que Deus me deu". 

Mestre Lica